Blog da Liz de Sá Cavalcante

O começo é o fim da alma

A alma quer amar só, sem o ser. Para o ser, a alma é um paliativo. A alma é uma vida sem vida tudo na vida é alma. O fim é o tudo na vida absoluto da vida. O sol rompe com a vida ensolarada: é como partir do fim. O mar se banha de sol. A fala e o sol são maneiras de comunicar o amanhecer, no morrer eterno: não há eternidade, nem vida no silêncio. A morte, autônoma por viver no fim de si mesma, é consciência de vida. A vida é a eternidade do amor. O ser, fim do amor. As palavras são amor. Tudo que desaparece no silêncio voa no imaginar. Voar na realidade é transcender no sonho. Quero voar sem meu corpo, sem minha alma, quero ser esse voar no finito de mim.