O nada levanta o corpo do precipício do infinito, nada no corpo é alma. O nada me faz viver. O tempo do céu é o ser, o tempo do ser é Deus. Deus não é ausência do meu corpo, Deus, é ausente de si para amar a presença humana. Deus é a humanidade, é o céu, o sonho, o que eu quiser e puder amar. A distância de mim, é o nada. Lembrar de Deus o afasta de mim. Ele pensa em mim no impensável de mim. Tenho medo de não ser mais eu ao morrer, e a sensação de viver, continuar. Não sou eu nem é o não eu. Acredito no impossível de vê. O amor da ausência morre no meu amor, perto de mim. A morte é a reparação do nada. Tudo se modifica na falta de morrer. A ausência, mais pura que o céu. Imaginar une a ausência do céu com a ausência humana, faz nascer a vida sem a vida imaginativa. Um soluço de estrelas escurece o céu. Não vou ficar entre o céu e a consciência. O amor da ausência é minha consciência. A distância é morrer.