Não existe um estado de mim, existe minha morte, sem autenticidade. O mundo não é minha saudade, é a falta de mim no mundo, onde te deixo. O mundo reduzido em palavras finitas da eternidade, na eternidade. O som sem o fim é o silêncio dos mortos na minha vida. Querer é sonhar. Sonho fora de mim. Sonhar é o desencanto da alma. Sorrir e minha alma se eleva ao céu. A alma é uma forma temporária de ser, na existência de espaços vazios para preencher o ser de incertezas. O tempo, a vida, não escolhem suas realidades, elas os escolhem pela diferença de ser. A alma sonha apenas no tempo da alma. A preocupação da morte é se há tempo depois da morte. A eternidade é o resto do tempo na pele no suspirar eterno. O tempo sem pele, origem de tudo. A pele mantém a vida e a morte. A angústia é a definição do nada na morte, por isso, não vou tomar a morte pra mim. Ela não tem a liberdade de ser de alguém. A liberdade do pensamento é morrer, a minha liberdade é viver. O céu se inspira na realidade do mundo, para me amar, com toda a sua vida. O nada falo em poesias. O tempo é irreal. A irrealidade do amor, é o tempo real. A autenticidade da perda, é a vida bem vivida na perda. É a vida como ela é. O silêncio é depois da vida. O viver do silêncio é o meu corpo em mim. A vida no esquecer é o meu corpo submerso na alma. O nada fora do meu corpo é alma. Fecho os olhos dentro do que vejo, me entrego ao amor que sinto, renuncio a mim pelo amor que sinto, ou devo sentir. Está escondido, numa tristeza, sem senti-la. Ensino a alma a ser eu. Sem saber viver. Elaborar essa dor é dar vida aos fantasmas dentro de mim. O corpo não me serve para viver. Mas, vida, é a união do corpo com a alma. Ao me tocar, me esqueço, deixo de existir.