Não sei se é a alma ou o nada, sei que transformo meu impulso de morrer em saudades infinitas, em vida, solidão. O ar, tão puro de tristeza, cessou minhas ilusões. Não quero desaparecer como quem morre. Quero aparecer como quem morre. Assim, não há o sentir, há apenas o aparecer e o desaparecer, mesmo assim, sinto saudade, uma mistura de vazio com amor. A saudade sente falta do nada, da ansiedade de ser só, como a chuva no vento. Por isso, em nenhum momento fui só, pois não há amanhecer, nem nas minhas poesias. Sonhar é o sol triste no meu sonho, no amanhecer da saudade, não amanhece em mim, faz das respostas esperança. É a esperança que não me deixa viver na minha imortalidade de saudade, enfim, a falta de destino é amor. Impulso de ser feliz.