Surdez que ninguém percebe, na voz da alma: luz de eternidade. Sonhos são apenas o passado, o não esquecer, que não é lembrança, é o porvir, é o nada se vendo no espelho, é a luz do sol. Lembrar sem ausência é esquecer. Esquecer é agir, não deixar para o depois inexistente. Há mais luz na esperança do que nos meus olhos. O fim da tristeza é a dor. Olhos nos olhos no meu esquecer. O nada não justifica ser ausente. Sou ausente por sentir a alma. O nada da alma é o não ver indefinido em náuseas do ver, do esquecer abominável da solidão. Criar para a inexistência é um sonho, um torpor, a me fazer viver.
