A ausência serenizada é a perda de mim. O Deus do ser não é Deus de Deus. O nada é um abismo sem alma. O nada é o novo, renovação. Noto a alma pela fé. A externalidade é a alma. A externalidade é a alma, é o sol sem alma, sem dizer adeus, se despedindo na flor da emoção, sem viver. O esquecer é tudo que existe. Consigo escrever, esquecer amando, sendo eu sem mim, quando meus pedaços se calam em mim, para eu me lembrar de falar num sonho sem voz. O sonho não consegue acompanhar o ritmo do amor. Ser feliz no sonho é devolver a alma à alma. Não me sinto só na escuridão do meu ser. A passividade da alma é amor. O fim da tristeza é a alma como alma. Deixa-me viver na alma, onde tudo é lembrança a remover o tempo para perto da morte, de mim. O olhar da irrealidade é a morte. A vida não resolve a alma. Vagando no infinito, deixo de amar. O amor é minha incompletude. O vazio do corpo penetra na alma, me faz dizer o teu nome. Como pude errar com meu corpo, deixando suas feridas sem respostas. Salve a morte de mim, no meu corpo. A perda do meu corpo é a vida submersa em mim: é por onde a alma se vê. Ninguém vê o nada. O nada me vê, apenas eu. Para eu não ter alma e lutar.