O ser não existe na razão de ser. A razão é o silêncio da alma, ele é o fim do que sou. A morte se divide entre ser e estar. O fim justifica a morte. A identidade não é o ser. Ouvir, sentir a desatenção é sentir a alma. Penso na irrealidade como penso em mim. Mas não penso nos meus sonhos irreais. São mais reais que meu corpo. Movimento o sonho, o corpo não. Como explicar o corpo implícito? Pela alma. Pela vida. O nada explica a vida. O corpo significa alma no não significar. As mãos escapam da vida num corpo de vida. Mãos pensam mais do que o pensamento? Apenas o corpo usufrui do nada, ao pensar no nada. Ganho com a morte, a negatividade de ser. O não nem sempre é não, às vezes é o isolamento da compreensão, não precisa do ser para compreender. A morte imita a vida no seu compreender. A compreensão é o desânimo de viver. A imagem se desfaz sem compreendê-la. Ocupo-me na morte, na substância infinita das minhas lágrimas, tornou a morte vida. O olhar é o fim da realidade. O desespero de ver é a vida. É genial o desespero, vai além do compreender. Nada posso aprender com a vida e o seu vazio, existem me decompondo em alma. Sou tomada pela morte, não pela morte. Não me resta escrever nem a morte. Resta me imaginar na morte. A alma é a distância de mim. Catequizar a morte em mim. Forçar a alma a sair de mim é dar luz à escuridão.