A morte pode apenas manifestar a essência no amor do nada. Ser e aparecer não coincidem. O sol é o único aparecer do ser. Posso me afastar de mim, não me afasto do nada, da vida. O ar que respiro dentro de mim queima-me por dentro, como amor, a favor do nada do ser em mim. Tudo tem fim, até o amor. Como o amor finito tem fim? O ser é o único momento de morte, na incerteza de viver. O ser vive sem sua natureza. Sua natureza é sua morte, seu consolo de existir. É insustentável existir. O nada, no interior, é poesia. A falta de sentir também é amor. A morte é o céu do céu. Todo caminho cessa no amor. A alma infesta o céu. O tempo é um caminho que tem volta. O meu ser é o retorno do nada, sem retornar ao nada. O nada pode me tornar nad…