Blog da Liz de Sá Cavalcante

Desapego da alma

É tanta permanência que não consigo viver. O mundo é a impermanência do ser, numa vida sem humanos. A falta de pessoas na vida, a torna humana. O silêncio travando o coração, na pista do meu corpo. Rastros de mim, sem mim, são a vida no meu corpo. Não há soluço para a alma. A alma sussurra com um soluço. A paz é um soluço engasgado de céu. O céu, depois do céu, é Deus. O tempo de partir é o nada. O meu ser seria capaz de viver várias vidas, se não fosse o meu infinito particular. Devolvo-me a mim, na esperança de morrer para sempre. O sempre cessa a esperança. O nada é a esperança divina. O desapego do ser é o ser interior, nasce, cresce, para morrer no ser exterior. O nada é o fim da solidão do desapego num apego de almas para t…