O sentir se amargura, sofre com relutância, o ser dentro dele. O sentir não quer sentir o ser. Sentir é o ventre da pele. Não estou só, pois sinto. Eu estou com o meu sentir, assim como as estrelas estão no céu. Ninguém morre ou vive de céu. O céu escondido na dor de Deus, é visto, amado mais do que Deus. As estrelas são o fim da ausência, e o começo de mim. As estrelas são o nada no céu. O céu se escreve em estrelas para empalidecer. O nada, lembrança do depois, se fez tudo. O silêncio significa algo. O silêncio de me ver na alma é diferente do silêncio que sinto: um é sentimento, outro é amor. Separados pelo meu ser — silêncio. Tudo que acontece no silêncio é falta de mim. O silêncio é a perda de ver o que sinto, no que sinto. Nada escapa ao silêncio. Eu sou o teu silêncio. Sem silêncio, o interior vive por mim. Lembranças do nada não silenciam. Tornam-se pele a me cobrir de eternidade.