Almas com mãos de céu a desfazer o sol. O sol derrete-se de emoção. As mãos do céu abandonam o amor para nascer o amor. Mãos do céu tocam o esquecer, desaparecem como mundo. O vento, fervilhando almas vazias, como um devaneio infinito de sofrer. O não ver não é sofrer, é o vazio se definindo, como se o sol pousasse em mim, acabou o mistério da vida num único raio de sol. A distância não é real, a tristeza é. A cor da recordação é o nada, na lembrança do mar, não precisa da cor, sua referência é o som das ondas, que recorre ao meu amor, para ir até o infinito, sem cor, memória, apenas mar.