Imagino no inimaginável. A alma não deixa rastro. A alma, antes da alma, é a falta que me faz: é a minha alma a sofrer. Sofrer não é todo o nada, é a parte do nada que falta no nada. O nada é sempre. Na falta do nada, vivo. Ver no sonho é o mesmo que morrer sem alma. O tempo é o fim da alma. Não há alma no meu recolhimento. Estou espalhada de tão recolhida. Ver não é tudo, nasce do ver. Ver é não esperar pela vida.