Não consigo dividir com a morte, a minha morte. Resgatar a morte é ter vida. A vida é incerta, a morte é incerta ao morrer nela, por ela. Escrever é sair da morte. Sair de dentro da morte é nascer da morte: sair de dentro de mim com realidade. Respirar é o continuar da morte. A morte é ausência, o morrer é me apropriar dessa ausência, como se ela fosse o céu sem ausências. Apenas de céu eu sou feita. A fala é o nada. A noite da estrela é o dia. A morte é explica a minha existência, sem ter céu, estrelas, sol, para não esmorecer.