Blog da Liz de Sá Cavalcante

O nada do nada

Morri para não ficar no teu corpo, cresci, teu corpo não cabe em mim. Falta sempre fui, apenas eu no meu corpo, nunca me senti nascer. Nascer no sol é não nascer. O amanhecer é o único sonho, o sol desperta o amanhecer do seu sonho. Sonhar é o vazio do nada a estremecer o céu de amor. Ao estremecer, a alma evolui, encontra sua essência, num mar de morte, de vida. Nada sou sem a consciência do nada, que é vida.