O fim na alma é existir fora de mim, no teu abandono. Uma gota de sol me faz ver a vida. Ela pousa em meus olhos, me une a mim. Me une a mim como uma lembrança próxima. Tudo conheço pelo infinito de mim. Não sou mais eu, sou o infinito de mim. O infinito não é bom como o fim. O infinito sonha em ser fim. A proximidade me separa da vida. Meu olhar é a proximidade que falta na distância. Está próxima a mim, é morrer. Mas a distância de mim é essencial para morrer. Morrer é poder contar sobre a vida. A distância aproxima a alma, onde os dedos, as mãos, são leves para escrever. Escrever é o dom de ter mãos até o fim da alma. Na alma.