Blog da Liz de Sá Cavalcante

Admiração

A morte salta da alma para a vida. Insisto amar a inexistência cristalina. As lembranças são o nada da vida a me amar. Amar é o fim da alma e o começo de mim. O fim de eu ser um nada não me torna um ser. Deixo a alma ser minhas mãos. Não há nada nas minhas mãos, além de sofrer. Se eu sofro com alma, seria feliz. Nada ficou do nada, nem mesmo a admiração é a mesma de antes, não é mais pura, autêntica. A morte me espreme por dentro para saber se meu ser foi meu nascer. Não quero saber de mim. Por isso, me misturo com estrelas. Assim, me sinto segura de mim. O mar, fim do sol, anoitecer eterno de alma. Rasgo a alma, estou viva simbolicamente, em rasgar minha alma. Não é por crueldade, é por amor à alma.