Blog da Liz de Sá Cavalcante

Plenitudes infinitas

Não saber de mim é saber de mim. Me entusiasmo no ser em mim. Chão de sangue cobre o céu no firmamento do fim. A alma é o sangue de Deus. A luz renasce no olhar. A distância é a única realidade. A distância do ser é o ser pleno. Fiz da tua alma minha morte. A eternidade de ser só não cessa o amor. Ver é ficar longe do que me aparece como ser. Ficar na permanência do adeus, aceito o adeus em sua permanência. Nunca na minha. Que diferença faz eu morrer, se não estou mais em mim? Sei de mim, é pior que morrer: não perdoar é imperdoável, como o azul do céu. Nem ao morrer saberei se a vida é boa ou ruim. A realidade é uma ilusão. Quero a ilusão de ser o que sou. A pele é a eternidade da morte em um adeus.