Lutei com a morte, perdi feliz, com a morte sendo perseverança. Saudade, consciência do nada, onde vazando de emoção descubro minha alma em mim. Meu ser não se perde na morte, nem na morte de um abraço sem amor. Os sonhos são mortes que não sonham. Suspiro sem respirar, essa é minha ausência triste por viver. A desesperança é a alma em eterno amor. A vida não é criar a vida, é ser vida. O nada nas mãos, na alma, no amor, é a vida, até a vida poder ser minhas mãos. São tantos labirintos escondidos em mim, que sou óbvia, escancarada. Dopada de amor. Sonhos eternos cessam rápido, sem o desaparecer da eternidade. Não consigo me livrar do meu outro eu. Sou muitas de mim, como um reflexo na luz. Saí de mim sem deixar de ser eu. A vida é razoável no não respirar da eternidade. Meus olhos se abrem pela eternidade afora. A eternidade se corrói no tempo. Não sei se o tempo está em mim, da mesma forma que estou nele. A morte vê num ser apenas meu. Odeio a realidade quando ela é meu ser, minha poesia. Vivo numa bolha alheia ao mundo a mim.