O mundo de lá no mundo do aqui é o comum da alma. Fui de algum lugar dentro de mim, para nenhum lugar dentro de mim. O céu faz viver o nada dentro de mim como algo bom. O céu está até no nada. O nada do tempo transforma o eterno em vida. A vida faz do tempo tempo. A alma reduz o tempo à alma. Nada há dentro do tempo. Procuro esse tempo inexistente na minha existência. O ar transfere a realidade aos pulmões da vida. Sem ar, a vida se expande onde a única realidade é a vida. Para que outra realidade? Realidade é ver o nada enquanto todos veem a vida. Vi mais que o nada, vi o que nunca vai existir na vida: o nada de mim. Mãos se veem sem o nada de tocar. Mãos são a realidade da vida, nunca do corpo. A realidade do corpo é sem mãos, que torna o corpo real no meu antigo eu. Meu eu transcendente sem corpo, alma, apenas o princípio do fim. Fim que espero no transcender, que não chega ao fim, é o fim marcado pela minha alma, pela dor. Me agarro ao fim. Depois do fim é o nada, sem poder transcender. Esse nada sem transcender é comum na alma, por isso, não morre. A alma morre na perda do fim. Fim, dedico minha vida, minha alma a ele. Sem fim não haveria vida nem alma.