Expelindo-me feito alma, como o meu sorrir na vida. A alma conserta a vida, mas não me faz sorrir. Sonhar é vida sem alma. Sonhar é me perder em estrelas. Sem a coragem de viver, eu vivo. Expelindo-me, volto à vida. Voltar a mim, dando adeus a mim, a vida se opõe a mim, sem me deixar morrer. Morrer é o rio da vida, que flui sem mar, meu olhar, consolo de ser só. O desaparecer não é ausência é Deus em mim, sem mortes. Morte, não vai conseguir me matar com a vida que te dei, como a sombra do nada. O amor de ser e existir é sem Deus. Deus torna a morte amor. Exprimo sua voz no nunca de mim. Sua voz me faz deixar o real. Mas escutar tua voz ainda não é o meu fim. É o fim de abraçar o silêncio o escutando. O nosso fim terá que ser uma de nós. Não nos escolheu, escolheu o nada para concretizar nosso fim. Nosso fim é o nada, dessa vez, nos separando para sempre ao menos precisamos saber que estamos separadas pela minha eternidade de amor. Que a minha eternidade não me condene por te amar.