O espelho de água reluz como sol em imagens de estrelas. Estrelas vivem pelo sol. O sol se esfria em estrelas. Estrelas no mar do meu amor. Mar de estrelas, na perda de um amor. Luz do sal do mar. Tempestades de amor dentro de mim. O sonho pode se tornar amor. A esperança é vida da minha vida. A tristeza se faz amar. Meu amor é o azul do céu a escurecer meu pensamento, me faz feliz. O tempo é o que faço da vida, do sol, das estrelas, é o que faço por mim. O infinito não existe, mas existe dentro de mim. A existência não se deixa ir no nada do amor. A existência é o morrer do ser no meu eu, é o verso mudo de uma vertigem mais leve que o mar. O mar é somente de ida, a volta sou eu, a repercutir no afogar das ondas, ainda sou eu pelo mar, onde o meu amor não está. Por que estaria? Vida nova num mundo velho, onde não posso me seguir, posso me encontrar, mesmo sem a agonia do mar, a devorar minhas poesias, na quietude sem mar, sem ilusão. O céu surge na minha ilusão, nunca mais desapareceu. Mas nunca será mais real, mais gratificante que o abraço do meu pai. Me abraça com os olhos, com um sorriso, até com a saudade que sinto dele, ele é o abraço, me faz viver, ser feliz.