O olhar é além da realidade, além do conviver. Está além da solidão, está além das minhas entranhas. O amanhecer se despe em ausências no meu corpo cru, como a beleza de estar viva, apenas para me despedir de mim. Vou destruir essa barreira, entre a morte e eu. Amo a lembrança da morte, onde nada passa despercebido: isso é um olhar imperceptível vai fundo no pensamento, na alma, no ser e, assim, capta o universo. Sinto o universo, pois estou conectada com a vida, com o teu adeus. Que é mais que um pensamento, sou eu, estando viva para tudo para todos. Recuperei a minha alma sem mim: é leve a inexistência: sou eu a flutuar na alma. Flutuar em um esplendor de morte: de ser.