A presença é como o mar na saudade das ondas. A presença é como o sol, a desaparecer, na poesia do amor. O meu ser desaparece na sombra da sombra, para ver a vida como vida. A alma é como o vento que escorre de mim. Refletir no deixar de ser é transcender no céu. Apenas o céu ama sem transcender como se fosse uma alma corroída, por isso, ainda viva. O desmaiar do transcender é a alma. O sol desarruma a alma, amanhecendo. A alma não amanhece. O sonho me incorpora. Não há silêncio sem dor. Não se nega a dor. O impenetrável sem o silêncio da alma. O silêncio é alma que as palavras não têm. O silêncio do corpo é a alma. Convencer a revolta de morrer que morrer não vale a pena. O absoluto é uma desculpa para não viver. Pelas palavras, sou um ser.