O tempo não cessa o silêncio. O silêncio é dor que não sinto esse não sentir é dor. O silêncio descobre meu ser para morrer comigo. Morrer é ser. Não é necessário viver. Crio uma independência ilusória. Posso fazer morrer o nada, não posso me fazer morrer. Nenhuma lembrança é o nada que existe em mim. A superfície do nada não é o nada em mim. No nada em mim tudo permanece menos nesse instante de vida, que seria a convivência com a permanência, tornou-se permanência, falta de mim. Manter o nada não me faz morrer, me faz sentir falta de mim. A falta de mim me fez nascer.