Blog da Liz de Sá Cavalcante

O significante e o significado

A poesia se levanta, antes do sol, se faz vida, brisa. A poesia manuseia meus dedos no mexer da alma. O significado é o significante. A alma purifica o ar. Não estou escrevendo, estou vivendo. Chupar a pele pra dentro de mim, do meu mundo: a minha morte. Desfiar a pele na alma, é o meu mundo. A alma é a lentidão da vida. O amor é melhor do que o mar no infinito de mim. O infinito é o fim. O fim do sol é como o renascer da vida. Vida é o renascer da alma. A alma renasce no ser, não na alma. Foste alma para o meu sofrer. Sofrer é o agora sem passado ou futuro. Antes veio o sofrer para o meu ser nascer, esquecer o frenesi de morrer, ficando sem mim. Perder o nada é não perder a vida. A luz desanima a alma do olhar. Vivi o inevitável. O tempo gasto como o revelar da saudade, o mar ainda sendo mar: isso torna insuportável essa saudade por não ser falta de ser. Enfim, eu na solidão de Deus.