Blog da Liz de Sá Cavalcante

Inadmissível

A vida é um jogo de palavras, que renuncia ser amada, para falar de si. O si de si mesmo é o fim da vida, começo de mim. A eternidade é como se existisse vida depois da vida, mas há apenas o além. Estou vazia de tanto amor. Os sonhos das flores comparam a beleza do céu. A morte é o céu preto, sem o ser, sem o respirar eterno. O respirar do fim é a vida no ser. Respirar no fim é ser eterna para o amor. Tenho flores na alma, um dia serei o jardim do céu. Desvenda-me, morte, com tudo que amei, vivi. Descubra-me como a uma poesia. Regresse, me conforme de mim. O nada é a amplitude do céu na minha voz.