São tantas coisas impronunciáveis, que se tornam palavras, amor. O abismo une as coisas ao amor, a vida, desarmoniza o sentir no ser. São tantas coisas que falo, escondendo o silêncio de mim. O sol torna a alma só, no meu amanhecer sombrio, onde não há claridade, nem mesmo no meu olhar. O olhar desafia a vida a viver. Viver é desacreditar no que vejo. Ver apenas o ver em mim é viver. O absoluto não é o silêncio: é a fala. São tantas coisas perdidas em viver, que quero viver.