Ventilando-me em sonhos, a poeira do meu ser. O sonho do sonho é sem sonho. Quero morrer em um sonho. O sonho sofre para eu não sofrer. Nada sabe o sonho do sonho que tem. Lágrimas são sonhos que me protegem, me orientam. Nada é sonho, nada falta ao sonho. O sonho são mãos que tocam a solidão com a firmeza de existir. O sonho existe mais do que a vida. Sem a vida, o sonho é apenas mar que flui na sua imperfeição como o sorrir da eternidade. A eternidade é imperfeita, como um sonho desperto. O ser e o nada separam o ver, a autonomia de existir, da vida em si mesma: sem nada, ainda é vida. A vida dos meus olhos são meus sonhos. O chão são sonhos, onde vou andar, e o sol me acompanhará em meu amor. Meu coração está inundado de um amor não humano: universal. Sem a alma pesada em meu amor, em meu corpo. Ainda dormente de amor, sinto a eternidade do meu corpo, para me dissolver.