Blog da Liz de Sá Cavalcante

O tempo em que nasceu a tempo

Tempo é amor, une o perdido no tempo, onde é mais do que amor, tempo é reparação da vida, que torna o amor especial. O retraimento do tempo é o nada na minha voz. A voz é o tempo interior, onde o tempo exterior cessa. De tempo em tempo, o intervalo da vida se torna minha essência, onde a alma se torna o desaparecer do amor. Amor sem alma é morrer. Sendo alma, a morte ama. Ama desaparecer do amor, não o amor. Levar-me soprando vidas no vento da agonia, não existir ausência para repor vidas. A vida é ausente com vida, de vida. Ausências são a fé de Deus. A alegria, alma da vida, não tem o domínio de si. A alma que vive não é a mesma alma que morre. Tudo pertence à alma. O corpo desfeito por lágrimas, resta a alma morta. A alma morta chora. O corpo desaprendeu a chorar, não é humano. A alma ainda é humana. O tempo é meu corpo a dar voltas em mim.