Blog da Liz de Sá Cavalcante

Motivação

Não se vê outro olhar noutra alma. O olhar vê apenas a si, a sua solidão. O tempo vê o infinito. A vida vê o fim. O fim irreal ou real é o mesmo fim. O fim do meu corpo é viver no meu corpo eternamente. Eu escuto a voz da ausência como a voz que não tive que se diz sua. Ser ou não ser é o silêncio do tempo, libertando o amor, o tempo, o silêncio, na minha solidão. Alma é isenta do ser da solidão, criou o ser do amor. A minha pele respira teu silêncio, eu respiro tua sombra. A pele resiste a mim. O silêncio é o depois inexistente, que brilha mais do que o sol e deságua na eternidade sem amor. O sol é o fim do olhar no nascer sem alma, é o nascer da emoção como a alma da pele a reduzir o nada. Pele é o conhecido do desconhecido. Pele é viver sempre mais. Pele é motivação entre lágrimas até deixar de ressoar o infinito. Assim, o infinito não se cala como eco do mundo. Sem o eco, a voz não se escuta. Escuto a emoção da fala. O imperturbável se perturba a falar o nada com emoção. Não há motivos, a emoção é pura, é o nada. Nada se opõe entre o amor e o nada. Por isso, não há solidão, há apenas desespero.