O vazio não se reflete no nada, é o nada, então não sinto o vazio de mim, sinto o vazio do nada. Não interfiro no que sinto. Não penso no que devo sentir, senão não sinto. Sinto amando mesmo que esse amor me faça morrer. O meu sentir me quer viva para que eu ame feliz, até irradiar o nada. A forma viva da tristeza não é minha alegria, mesmo morta me deu muitas alegrias. A maior alegria é a fala ausente de tanto amor. As coisas raras, especiais, duram para sempre no esquecimento, sem ausências. Essas coisas raras ficam como paz eterna dentro de mim, imperceptíveis. Até eu ser minha própria paz sem precisar lembrar ou esquecer. Para ter paz fiz da paz meu interior que me faz lembrar ou esquecer por amor.