Blog da Liz de Sá Cavalcante

A alma me defende de ser

Nada sou no que me une: o meu ser. O ser é a realidade de Deus. O infinito se perde em Deus, perde Deus para a vida. A lembrança é falta de Deus em Deus. Morrer é ser só, são opostos, tem o mesmo significado em vida ou em morte. A morte não quer o ser, quer a minha morte. Sonho morte. A vida confia na morte, no céu, na ausência de Deus. A ausência é mais do que Deus: é o fim de Deus, que me deixa perto de Deus. O tempo é o não viver eterno. Nada restou da eternidade, nem mesmo o não viver. A meismidade da eternidade torna os sonhos diferentes do que são.