O eu é a identidade da morte. A identidade é uma maneira de morrer: virar água no deserto para quem tem sede. Minha alma, acorrentada à vida, eu livre. Não sou o mais triste de mim: o mais triste é a solidão. Tudo que é belo é morte. Deixo meu corpo fugir de mim, para amar, sentir, viver sem mim. O meu corpo me impede de viver, de ser, me deixa sem identidade. A vida são resultados nos fins. Os fins explicam a vida sem morrer. Perdi o céu para ser eu. Eu sem mim existo. Conhecimento é mais do que amor: é vida, solidão, ausência. A solidão não é ser só, é ter alma.