Blog da Liz de Sá Cavalcante

Renovando-me

O sentido do nada é a vida. Não há vida no nada, nem sem o nada. Eu confio apenas no nada da minha morte. Há lembranças que nada significam, mas não são o nada: são o que precisam ser na minha vida. Vida, é um sol vazio, numa estrela inexistente, que brilha mais do que o céu. O céu é de verdade no meu amor. Sem o céu, não há infinito. O infinito não respira, não se altera com a vida, apenas permanece esperando que a vida se lembre dele. O ser não é vivido em seu amor, tudo é desconhecido, sem dor, por isso não temo o nada. O nada é sinceridade do ser. O tempo é o amor do ser. Mas o ser não sabe que o ama. O corpo é incompleto na alma, como o mar que retorna às ondas para dar conta do rio da felicidade. Nada posso oferecer em troca de ser feliz. É como se nada me restasse por ser feliz. Assim, me renovo.