O absoluto sem mim é a perda da vida. Tempo e espaço são o meu amor por mim. Toda consciência é amor. Mas, amor, não é consciência em mortes diversas. O absoluto sem mim sente a minha alma. Há alma no meu olhar. Se a morte fosse abstrata, teria corpo, alma, e não seria natural morrer. Ter alma prejudica a saúde física, mental, do ser. Ser é substituir a alma em um instante inexistente. Nada me torna eu. Eu e a vida não é você e eu. Se o não ser fosse a vida, não existiria vida, nem mesmo ser. O ser da alma é o sol escuro pela falta do ser. Ser é luz. A luz cessa sem escuridão. O sol sofre de luz. A luz não se compara ao sol. A escuridão sonha luz. A luz não sonha, torna-se meu olhar. Que Deus não saiba de sua morte, lembre apenas de sua salvação. O silêncio cessa o silêncio. A morte de um lugar, preserva seu silêncio de vida. Sem o céu a alma é salva na morte com adeus. Ver melhor do que eu, a minha tristeza, alma, necessito de ti na minha tristeza, como quem acorda do nada. O absoluto sem mim sou eu a me amar. O único amor que possuo não é presença, é dor da presença. O nada é a presença de Deus, por isso, é essencial.