Blog da Liz de Sá Cavalcante

Situações de sentimentos

Como não se lê, se toda leitura é alma? Meu sentir é a saudade de não amar escutando o vento estralando em mim. Até quebrar os ossos da vida, num sol, num dia perfeito. Dos ossos da vida se fez o céu, sem tempo para sofrer. O sentir do céu é sem ser. Sem o ser, o céu é eterno. Flutua na eternidade da falta de ser. Olhos abertos como sombra do ser. Tudo suponho sem alma. A alma é a eternidade solitária, onde cesso meus olhos sem sombra, sem adeus, para perder a superfície e ser a profundidade da vida. Uma profundidade cega: nunca sei o que conquisto. Ao sentir o sol do amanhecer, sem vê-lo, sei tudo que conquistei e, se não conquistar mais nada, tenho o não ver como companhia, como o meu fim. Não descansei no que não vi, não importa mais: morri!