A alma fez-se sonho. O fim é o ofuscar sem sonhos. O brilho obscurecido com o nada sonham juntos e removem a realidade para o sonho. Sonhar me une à realidade. Conheço o fim de uma realidade pelos seus sonhos. Conheço a saudade pelos sonhos, a desconheço na sua realidade. A realidade é a união de sonhos. São todos os sonhos juntos: é mais do que o infinito, é mais do que morrer. É muito mais que o silêncio da flor. Apenas o silêncio da flor floresce a alma, como sendo a vida do sol. Esquecer não é só é lembrar. Sonho na lembrança, sem o tempo de sonhar. A alma é o tempo que preciso para sonhar e deixar de sonhar. O depois do acontecer é o amor. O silêncio transborda palavras que pronuncio sem nenhum pensamento. O real é um pensamento não perdido em existir. Faço do sonho um lar eterno, onde sou eterna também. Na eternidade ver é continuar do sonho de ser. É o amor, o fim da eternidade. E se eu sou eterna sem sentir? Falta o ser na eternidade. O ser em si é a morte. A morte sem eternidade é como o mar. Mas o mar não é como a eternidade. O sonhar do mar alcança apenas a mim. A saudade do mar é saudade de mim. O morrer sofre a minha morte. O corpo dormente é a presença da alma em mim. A alma torna o corpo eterno. A eternidade ama o nada até morrer desse amor. Até sem forças não poder amar mais o nada. Morreu por não poder mais amá-lo. A eternidade é o amor ao nada.