Blog da Liz de Sá Cavalcante

Volúpia de sol (prazer)

O ver exterior é a alma. A paz da paz é o nada: orienta a vida. A solidão essencial é a morte. De morte, irei viver. Nada vivo da vida. Tudo quero da vida, nada tenho. Tenho o meu suspirar eterno. Apenas as palavras cessam o silêncio da voz, que ninguém quer ouvir ou ser esse silêncio. O que não escuta é a essência do silêncio da voz. Se ouve a voz por necessidade, não por amor. O amor se ouve no inencontrável. As palavras cegam a alma. Não se pode ter as duas: alma e palavra. Mas se pode ter alma nas palavras. A alma é o sol nas palavras.