A vida necessita de essência quando vivo. Respiro como se a essência da vida me faltasse, mas sei que ela me espera no perdido, no inencontrável. Assim, posso ver meus sonhos, como vejo a mim. E se assim, perder minha essência, não me importa. Ela não me trouxe alegrias, mas me manteve viva, o tempo necessário, para eu descobrir ser eu. Ser apenas eu é de uma grande alegria. Sou tudo que preciso para ser feliz: a alegria é a eternidade que procuro. Queria lapidar a tristeza, a tornar algo de bom, que acrescente minha vida. A vida são palavras, são poesias. Nada posso oferecer à vida que ela não tenha: sou insignificante. Mas posso amar a vida: meu amor é único e universal. Nem a vida, nem a morte podem tirá-lo de mim: me deixam com mais amor, para eu sobreviver a morte da consciência. A minha consciência é alma para saber deixar de amar por amor. Mas esse amor não é meu, é do meu sofrer.