Blog da Liz de Sá Cavalcante

A aparência da aparência

Cessar minha sombra não é minha morte: é a aparência da aparência. A essência é exterior à existência. Nuvens sem céu são a despedida da alma. A alma se despede no céu. Olhar sem ver é sentir a alma. Sentir é um abismo sem fim, apenas o amor pode salvar o sentir do sentir. A razão cessa o interior de amor. A razão é amor infinito pela vida. O interior é sem aparência. A aparência do vazio é alma. É um no outro, o mesmo ser, o mesmo fim. Se o vazio é alma: eu sou eu. A distância do nada me aproxima da alma, como um refúgio de saudade, perdas: lá meu eu é inencontrável: como um fogo sempre aceso: como uma luz eterna.