Não consigo viver a consciência do meu olhar, é perturbação da alma. Nada desaparece na alma. Não me esqueça na alma. Esqueça-me em mim. Não ver a alma é escutar meu silêncio, como trevas do passado. A alma é meu único passado. A minha alma não sente amor. Sou a negação. Queria partir com a alma, sem morte. O outro é o não eu em mim. Sem mim o outro existe: em mim do outro. A alma não pode ser o outro em mim. O tempo é sem vida. A vida é sem tempo. O único tempo é o vazio. A morte é sem tempo nenhum: senão o tempo existe, ausente. A ausência sem o tempo é o amor. Existir não é concreto no ser. O ser é o impossível de existir. Existir ter o sol dentro de mim, é o nascer do dia na morte. A morte de alguém não é morte. Deixa-me no ar perdido por respirá-lo não conhece meu ar, então não me conhece. Ao morrer, o corpo se une à alma. Nada morre no próprio fim.