A lentidão de viver é deixar a vida aos poucos. Aos poucos, minha alma penetra no fim do sonho para ser real como o sonho. A incerteza é um corpo dentro de outro corpo, onde não importa a realidade do corpo. O sol vai se acabando de luz, sem morrer. Quando o partir ficar, vai haver a vida. Uma vida sem partir me faz morrer. A vida está em decadência, sem partir. A presença da vida me deixa sem alma, na alma do outro. Desce, alma, do teu pedestal, tua glória é para que eu te sinta mais do que a mim. Deixa eu morrer no teu olhar, na tua alma, para não morrer em ti. Morrer em ti é amor. Tua sombra, minha sombra, neste eu sem você. Se unir nossas sombras, seremos separadas pela vida, pela morte, por ti aceito te perder, se assim ficar feliz não se perde a alegria: ou é ou não se é feliz. A alegria é impermanência da vida. O sonho é a permanência da alma.