É maternal existir sem ausências ou dúvida de existir. Sou maternal comigo. A sombra da ausência é uma estrela sem céu. Cansada do sono: é mágoa da vida. A realidade do sonho é a transcendência. A alma é a paciência divina de não esperar a morte. O sonho cresce dentro de mim. A poesia se desloca da vida, onde há mais flores em mim, do que lembranças. Lembrar é me desconectar do que não lembro: a alma. Dentro da poesia, o despertar da eternidade: o sonho na sombra da ausência. Não preciso ressignificar a morte: ela é o que precisa ser. As lembranças são a morte a se aproximar. Não há morte sem lembranças. Além dos sonhos, há a morte, o silêncio, que nada deve a fala, por ter paz.