Não consigo me mexer, os nervos da pele estão intactos: é quando sei que vou chorar por amor. Nervos em pele são nervos de pele. O olhar de nervos em pele assusta a morte: a faz morrer em meus sonhos. O sonho se descobre em mortes límpidas, cristalinas, se rendem ao ser, não ao céu. Muito foi perdido sem morte. O nada substitui a pele em nervos em pele. A apatia são os nervos em pele, absorvendo o nada. O corpo não sofre no nada: sofre como se fosse o nada. Nada se vê no nada: ele é a verdade do ser. A verdade, na verdade, não é mais verdade: é o nada, que libera meu ser para viver. Vivo enquanto o nada existir. Meu olhar se perde em peles de momentos. Apenas o momento são fragmentos de alma, que se mistura na pele: é como viver a realidade e o sonho de uma única vez. O infinito sofre de alma. A alma não é sonho, não é real: é o meu ser a se permitir ser o vazio de alguém. O vazio é o outro em mim. Nada é distante nas estrelas. As estrelas separam o errado do certo, no meu amor, sem a pele. A profundidade é monótona, é apenas pele.