Blog da Liz de Sá Cavalcante

Paz de agonia

Viver de alma é ser o infinito. Eu como infinito não sou plena. Será a necessidade da agonia a sua presença? Esquecer é o encanto da alma: lembrança da alma. O vazio é o ser na consciência. A consciência não é o meu eu. Sou a falta de consciência do destino: quer ser consciência de vida. Consciência seria eu ficar sem realidade, viver sem a vida. O último suspiro é a voz que escuto de mim: estou pronta para falar para o mundo, para a vida. O que há na vida, que impede o amor e, por isso, é amor? A falta da minha presença é a minha eternidade. Eternidade é minha falta de amor, onde transcendo sem ser só: por isso, sou triste: pelo infinito que não consegue ser só. Na solidão me encontro: nunca serei a mesma sem mim!