Blog da Liz de Sá Cavalcante

Morte é me repetir em sonhos

Esqueço-me na repetição do meu ser: é quando sonho! A ausência é o pensamento vivo, sendo por mim o que não sou: não é o não ser em mim. Desperto em ausências que dormem em aflição. O amor é sem perdas, ausências, é ficar perto do nada sem morrer como ser. Morre como sendo a subjetividade do ser. O meu coração nas mãos do nada, do intocável do meu amor. A claridade é o nada sem luz, na saudade de mim. Remar na solidão de sangue para sentir a brisa em alguém. Sonhos no ar da escuridão. Nada procuro em mim. A imagem torna-se vida. Nunca conheço a presença, mas a conheço em um abraço eterno, em que meu corpo desaparece vivendo.