O espírito não me preenche, é ruim, inessencial para mim. A saudade é um espírito que me suga, me deixa sem forças para morrer. A presença de ser é diferente do meu eu: meu eu é presença de vida. A alma cessa a saudade de ser, não cessa o ser. Meu ser me é dado pelo meu vazio existencial. A morte é a minha sensibilidade. A consciência sem passado é a alma. O eu é um passado sem passado, por isso é outro alguém que tenha o passado que a vida merece. Esse outro não sou eu na minha dor. Torno-me outro, a dor não muda. Depois do ser vem a consciência. Mesmo sem consciência, o ser é consciência de ser. O nada é consciência plena: é amor. Deixar a consciência ser eu é como não haver vida. Pela força do espírito, morri no meu espírito: no sempre, no jamais.