Deixo a vida se ela está vazia, mesmo com ela a dançar para mim, no som do meu coração. Dança, vida, até o fim, na minha morte, para a eternidade perder-se de tanto amor. Não danço, liberto-me. Não sei o que é a vida. Ela nunca se mostrou a mim. Ela apenas dança, superficialmente, para eu esquecer o ser que existe dentro dela. Talvez isso seja viver: dançar infinitamente, esquecer a profundidade. Por isso ainda não vivo, nem vivi, como estou a dançar agora, sem necessitar viver.