Dilatar a estrela em mim, amparar o céu de abrir o céu. A distância elevada em estrelas é a morte da alma em mim. A alma ainda existe em outra dimensão: na dimensão do saber, onde não cabe o céu. O saber é mais do que o céu, do que a vida, do que a morte, do que a poesia. A vida é o pertencimento de Deus. A alma é a união entre Deus e eu. A esperança é a vida eterna. A vida é fraqueza da alma a desmaiar na lua da insegurança. Sinto vontade de saber o que é não viver. Talvez não viver é o abismo da lua. O abismo da lua invade o céu. Não quero convencer que vivo. A vida e a poesia falam por si só. Falam só, justificam-se. Enquanto eu realmente vivo com a morte a me balançar, a me sacudir. Morrer é amor por mim. Evolui na minha morte. A morte espera, dentro de si. Espero que eu esmoreça. A morte deixou-me forte. Faça-se morte, torne-me independente: faça-me sorrir. Do meu sorrir, nasce o nascer. As estrelas se habituam à imensidão do nascer. A alma em mim é o que escrevo sempre, não se repete nunca. Nunca é sempre. A distância vem da falta de morrer.