Pela aparência a morte é possível. A morte, razão de viver. Deixar meu corpo na morte é não o deixar em um vazio infinito: ter a vida no vazio da morte é abandonar a morte do meu corpo. Ninguém pode me separar da minha morte: ela existe apenas em mim. É como se não houvesse lugar para a vida: e a morte? O que é? Uma singularidade sem céu? Saber da morte é não conhecer o céu. A morte se perde no meu respirar de morte. Se minha alma não é a morte que necessito, me deixe viver. Quero sorrir com alma. Sentir, não sentir, é a mesma morte em um céu sem morte. O céu sem morte e o céu da morte existem apenas num amor sem o ser. O amor no ser é amanhecer no céu. O céu se fecha num amor de vida. Vejo o branco no azul do céu. E, assim, o azul são cinzas do céu a desaparecer na alma. O sol agora é o céu. O pensamento é como deixar o céu como era. Tudo tem fim por ser amor.